segunda-feira, 12 de abril de 2010

UM CREPÚSCULO DOS DEUSES

E é assim, fazendo referência ao belíssimo filme de Billy Wilder, que retomo essas abóboras no intuito de trocar, com maior freqüência, receitas de padrão artístico cultural.

Para (re)tomar, trago o melhor dos prazeres em imagem e som, Chet Baker e o crepúsculo, a melhor das combinações. Descrevendo com palavras mais viventes deste novo homem sóbrio da sociedade, crepúsculo não é apenas o filme baseado naquela série da Stephenie Meyer, mas o nome mais requintado para pôr-do-sol, anoitecer ou fim de tarde, também pode ser aplicado para o nascer do sol, ou seja, faz parte daquela coloração que vemos quando o sol ainda não sumiu ou apareceu por completo, no caso, uso crepúsculo por combinar com uma sonoridade ainda mais envolvente, a de Chet Baker.

Baker foi um grande trompetista do jazz norte-americano que trouxe um romantismo afogado pela acidez embriagante de sua destreza no trompete e acima de tudo com sua aveludada voz, que me desculpem os desgostosos pelo estilo, mas extremamente eficaz quando se quer falar para o coração. Songs de sucesso como “My funny valentine” apresentam uma beleza ímpar da criação melódica e envolvente com a voz sedutora de Chet Baker. Vale a pena conferir também “Like someone in love”, mas hoje presenteio com “The thrill is gone”:

Como todo “bom” representante da música do século XX, Baker teve um histórico como a de um bêbado banhado num mar de seringas mal afiadas. Teve uma vida longa até... 59 anos! Que lhe renderam uns dentes perdidos e é claro, as melhores canções para toda a eternidade.

Confiram comigo uma excelente combinação para este outono/inverno de crepúsculos avermelhados e arroxeados com Chet Baker... se bem que um vinhozinho também pegaria super bem! Evoé!

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