segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Outro novo Dia dos Pais e minhas roupas continuam lá

Impressionante como nos apropriamos de certas regalias em momentos de nossa vida. Ontem, domingo do Dia dos Pais, lembrei-me do quanto gostava de presentear meu pai com um cartão pré-escolar ou uma camisa social de manga longa. Ah, como eram felizes aquelas datas. Dia das Mães também e todas aquelas outras datas que envolvem um contexto familiar.

Minha amiga Nadya Milano, nova dramaturga, me convidou para dirigir sua primeira peça para internet no projeto Teatro Para Alguém e sem querer, vendo ontem no Dia dos Pais, percebi o quanto sua escrita foi atual e sensível, pois não só aborda o cotidiano íntimo de uma relação entre pai e filho, como também o olhar, sob o ponto de vista da velhice que existe acima de tudo nos olhos do filho e nos restos de vida esparramados por uma cama de solteiro. O pai colocado em cheque se vê diante de uma afronta absurda, presenciar a infâmia de seu filho ao querer usá-lo como material de troca para suas necessidades. Nadya Milano me fez voltar a um universo que não existe só na ficção, existe no quarto ao lado em frente a minha porta, que é a responsabilidade de se respeitar o lar. O pai e a mãe.

Assista "Minhas Roupas" de Nadya Milano.

Ainda no contexto familiar, por acaso antes do convite de Nadya, também escrevi a peça "Algo a Dizer", colocando em voga a presença de um pai ausente que ao perder a memória provoca uma reação inesperada na boca de seu primogênito. Confira "Algo a Dizer" visitando a Sala de E-Star da casa do TPA no site http://www.teatroparaalguem.com.br/

E assim encerro essa jornada de louvor a família e parto para uma próxima, sempre investigando o melhor da natureza em sua cor laranja... Laranja abóbora!

Oração para São Natalício – Edição nº 11 (Para ler consigo e ecoar)

Vista aérea do Museu Nacional após o incêndio, em setembro/2018.  Crédito Buda Mendes (Getty Images) Que sem palavras possamos reconhe...