quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Oração para São Natalício 2

Rezemos pela paz que jamais sonhamos esquecer
Que a novidade do mundo transborde pelo coração
Ó São Natalício, atenda as nossas preces
E ensine aos homens que é preciso assumir seus dias
Como se fossem os primeiros
Que os riscos sejam traços sinceros de possibilidade
Para uma vida melhor
Ó São Natalício, atenda as nossas preces
Neste momento em que, de mãos juntas
Agradecemos pelo brilho no olhar
De quem nos conforta com pleno amor.

Ó São Natalício,
Não apague nossa luz!
E obrigado por hoje poder
Dizer que amo meus irmãos.

Amém

Rafael RC no Fim de Ano de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Oração para Natalício 1*

*Resgate de uma oração criada há praticamente 5 anos, na espera de que os dias se tornassem mais sãos!
Rezemos pelos novos dias.
Que São Natalício
Nos cubra de delícias
Inexploráveis.
Que sua grande sabedoria,
Nos ensine a crescer para
Fora de nossos próprios umbigos
E nos tornemos sãos.
Ó São Natalício,
Não apague nossa luz!
E obrigado por hoje poder
Falar que AMO meus irmãos.

Amém

Fim de ano de 2005

NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO ANO!*

*Texto produzido para o blog http://grupodopulo.blogspot.com/

No último dia 19 de dezembro, o Grupo do Pulo apresentou a última edição de 2009 no "De Versão em Versão", mais uma vez com a parceria ímpar da Livraria Saraiva MegaStore.
Neste mês, o De Versão fez uma retrospectiva com os melhores assuntos do ano, quer dizer, para os diretamente afetados não foi tão bom assim... mas é a vida, uns ganham, outros ganham! Como é o caso do Palhaço Bigodudo do Circo Fantástico ou seria Senado Fantástico?
Melissa Scheleich trouxe com irreverência e originalidade a festa com que o dinheiro público vem sendo utilzada. "Os cofres do circo" como dizia o Palhaço Feliz pagava tudo! Pra saber mais, confira em breve nossos vídeos com as peças na íntegra!
Mas nosso ano não poderia fechar sem as presenças invasoras de nosso hermano das Honduras e muito menos de nostro companheiro da terra do Papa... alguém sabe de quais figuras estou falando? Sim! Eu sei que sabem! Podemos ser cegos, mas não somos burros... segundo o Palhaço Feliz somos palhaços mesmo!
Diga-se nossa amiga universitária de vestidinho rosa curto que não aceita outra coisa senão um convite para posar... ou seria pousar para uma revista masculina?
EU RIO PRA NÃO CHORAR! MELHOR VER O RIO CORRENTE DO QUE A ENCHENTE! ÓXENTE!
E pra fechar o ano, a Vilma, companheira do César (o mesmo da terra do Papa), deixou bem claro quem vai liderar a campanha das futuras eleições!
Feliz 2010! Feliz Copa do Mundo! Feliz Eleições! Feliz Sustentabilidade! Sustenta essa Vilma!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Paralelos: Da Vaca até uma Alma Boa

Durante o ciclo de um dia que iniciou bem cedinho pude viver a beleza da revelação ao fim da noite. O ciclo foi no último sábado, onde antes de sair verifiquei meus e-mails e descobri que o espetáculo que atualmente faço operação de som, anteciparia o término da temporada por questões financeiras acarretadas pela ausência de um público expressivo. Por acaso, naquela mesma manhã aconteceu o que seria a penúltima apresentação do espetáculo infanto-juvenil “Zé da Vaca” com o Grupo O Casulo BonecObjeto, coordenado por Ana Maria Amaral – senhora do teatro de bonecos e formas animadas no Brasil. E o público? Bem, apesar de tímido, sempre deixou uma mensagem de alegria e satisfação pelo toque humano que o espetáculo propõe.

Pela noite, conferi a premiada do Shell 2008 “A Alma Boa de Setsuan” do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, com direção de Marco Antônio Braz em parceria com a atriz Denise Fraga e grande elenco. Na peça, Braz conservou aspectos essenciais do discurso épico proposto pelo autor, sobretudo ao entregar a continuidade do pensamento proposto no espetáculo para que os espectadores possam não só ser “almas boas”, mas corajosos em aceitar esse tempo que é indiferente ao toque humano.
Ao final, Denise Fraga agradece a presença de todos e diz que devido ao sucesso, o espetáculo que já teve duas vezes a temporada prorrogada, ganharia nova temporada até março! E assim, o ciclo do dia se fechou!

O Zé que embarcado de um amor imenso por sua Vaca, segue numa aventura onde enfrenta perigos e descobre a coragem que tem dentro de si, se encontra no mesmo ambiente que Chen Tê, a alma boa, um dia passou. A única característica que os difere é a imagem, ele: simples e humano; ela: simples e humana.

Por fim o Zé decidiu continuar com sua Vaca nos dias 5, 6 e 13 de dezembro às 11h no Teatro Commune! Informações: http://zedavaca.blogspot.com/

A opressão que nos cerca

*texto produzido para http://grupodopulo.blogspot.com/

Nadya Milano recomendou ao Grupo do Pulo a matéria de Romário Borelli, para o jornal O Estado de S.Paulo, que escreveu sobre a trajetória de vida de um dos representantes mais significativos para o teatro brasileiro e mundial, que nos deixou neste ano de 2009, falo de Augusto Boal. Como responsável pela estruturação de um teatro onde a voz ativa partia do público, Boal apresentou de forma clara a democracia em seu formato mais justo, o do ponto de vista humano. A partir do momento em que o primeiro espect-ator ganhou voz diante da platéia, tornou-se membro representATIVO de um teatro que se tornava cada vez mais real, onde aquele que era desprovido do direito de falar, organizava em sua criação, a auto-crítica e sua posição na sociedade. Os direitos humanos expostos aos milhares desde a exploração infantil, da mulher, do trabalhador e a opressão política se tornaram foco de um teatro que se espalhou por todo o mundo em busca de mais vozes ativas.
Mas onde estaria o brilhantismo e o espetáculo da obra teatral de Augusto Boal?

A resposta me veio a partir de uma palestra, proferida pelo próprio Boal no Cine Vila Rica de Ouro Preto há alguns anos atrás. Sempre conheci aquele homem como um mito que ouvimos falar nos livros, praticamos suas propostas e percorremos sua trajetória. Quando Boal chegou com sua bengalinha e cumprimentou a platéia ansiosa de aproximadamente 500 pessoas tive a certeza que o espetacular na obra de Boal estava na dura resistência pela busca da humanidade.

Nesse sentido, voltamos a um Brasil banhado de corrupção e um mundo inconseqüente de suas responsabilidades e nos lembramos, onde está o nosso sentimento de inquietação? A humanidade grita, mas nós homens não ouvimos.

Boal Boa Boal! A Alma Boa!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DIVULGAÇÃO: CORPO MUNICIPAL DE TEATRO DE ATIBAIA GANHA CORPO

por Nivaldo Todaro e Rafael Carvalho


O CMT - Corpo Municipal de Teatro iniciou suas atividades acerca de dois meses, por iniciativa da Secretaria de Cultura e Eventos, visando a formação artística de um corpo estável de teatro que atue como multiplicador e agente de formação em atividades focadas na produção teatral na cidade de Atibaia.
Com a preocupação de agregar valores e responsabilidades no processo de formação do ator, o CMT pretende contribuir para o desenvolvimento humano e intelectual do indivíduo. Para isto, foram planejadas intencionalmente aulas que contemplam estudos teóricos e práticas teatrais, passando por vivências, jogos, exercícios, leituras dramáticas, improvisações de cenas, dinâmicas, meditações e trabalhos corporais, visando o processo de autoconhecimento do aluno. É sabido que somente por meio de jogos é que podemos encontrar diversão e humor, elementos estes que promovem um caminho aberto para liberdade de criação e expressão artística, o que é essencial para o desenvolvimento do trabalho do ator.
O teatro que procuramos vai de encontro à essência do homem que se relaciona com todas as coisas a todo o momento. Interessa-nos o indivíduo com seus problemas existenciais e espirituais; o homem como um ser político, social e cultural; com liberdade de ação, investigativo e reflexivo; enfim, longe de estereótipos que o tornam um ser monocórdio e repetitivo.
A partir destas reflexões é que foram atribuídos os conceitos que nortearam os princípios básicos do CMT incluindo o processo de divulgação, inscrição e seleção.
Foram inscritas 94 pessoas e selecionadas 25 que hoje fazem parte deste grupo. As aulas acontecem sempre as terças, quartas e quintas-feiras, das 19 às 21h30, em sua sede na Rua Oswaldo Urioste, 41, Centro. O curso terá a duração de 1 ano, nesta primeira fase. Como complementos do curso fazem parte workshops, palestras e oficinas com profissionais de diversas áreas, além da apreciação de espetáculos, sessões de cinema, filmes documentários, visitas a museus e exposições. Como parte da programação, no dia 18/10 p.p., visitamos o Espaço Cenográfico de J.C.Serroni, um dos mais importantes e premiados cenógrafos das últimas décadas que, generosamente, nos acompanhou durante toda a visita, além de doar livros para todos os alunos e para a biblioteca do CMT. Após, fomos assistir ao espetáculo “A Falecida Vapt-Vupt” de Nelson Rodrigues com direção de Antunes Filho no CPT – Centro de Pesquisa Teatral do SESC.
O CMT - Corpo Municipal de Teatro tem a coordenação geral do Maestro Rogério Brito, Diretor de Cultura da Secretaria de Cultura e Eventos e conta com uma equipe pedagógica de criação e produção, composta por Nivaldo Todaro (ator, produtor e diretor teatral desde 1971), Rafael Carvalho (ator, produtor e diretor teatral, formado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto), Leila Garcia (bailarina, Coreógrafa, professora e atriz desde 1981) e com apoio administrativo de Vânia Napier.
Depoimentos:

“Tudo que sinto em relação ao curso do Corpo Municipal de Teatro de Atibaia é um enorme prazer e quero descrever, de uma forma sublime, o quanto esta sendo importante este trabalho maravilhoso desenvolvido pelos professores, que mostram com muita motivação e dedicação o caminho para alcançarmos o objetivo principal desta nossa jornada. Com disciplina e conhecimento moldam-nos, como um oleiro transforma a tenra argila num deslumbrante vaso. Nas técnicas e experiência teatral sinto a responsabilidade do que é ser ator, percebo o quanto é importante a formação intelectual e a transformação de movimentos corporais em sentimentos, emoções e realismo.”
Marcos Antonio Luiz
aluno

“O Corpo Municipal de Teatro me faz resgatar a essência do humano”.
Alexsandro Santos de Oliveira
Aluno

“A partir do momento que comecei participar do corpo teatral aprendi muitas coisas, ler mais, interpretar textos e ter uma visão mais ampla sobre teatro... sou muito feliz por fazer parte desta família que é o corpo teatral.”
Edson Alexandre da Conceição
Aluno

“O teatro na minha vida é imenso. Imensidão que me ensina a viver e compreender o mundo por meio da arte e da cultura. O teatro despertou em mim valores que jamais pensei ter.”
Francisco Eulandio
Aluno

“Faço curso na ELT – Escola livre de Teatro em Santo André e comparando a qualidade de ensino do Corpo Municipal de Teatro de Atibaia é uma coisa incrível. A cidade esta muito bem servida de mestres não ficando nem um pouco atrás dos mestres da ELT. Atibaia tem de dar valor a isso!”
Filipe Ramos
estagiário

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Outro novo Dia dos Pais e minhas roupas continuam lá

Impressionante como nos apropriamos de certas regalias em momentos de nossa vida. Ontem, domingo do Dia dos Pais, lembrei-me do quanto gostava de presentear meu pai com um cartão pré-escolar ou uma camisa social de manga longa. Ah, como eram felizes aquelas datas. Dia das Mães também e todas aquelas outras datas que envolvem um contexto familiar.

Minha amiga Nadya Milano, nova dramaturga, me convidou para dirigir sua primeira peça para internet no projeto Teatro Para Alguém e sem querer, vendo ontem no Dia dos Pais, percebi o quanto sua escrita foi atual e sensível, pois não só aborda o cotidiano íntimo de uma relação entre pai e filho, como também o olhar, sob o ponto de vista da velhice que existe acima de tudo nos olhos do filho e nos restos de vida esparramados por uma cama de solteiro. O pai colocado em cheque se vê diante de uma afronta absurda, presenciar a infâmia de seu filho ao querer usá-lo como material de troca para suas necessidades. Nadya Milano me fez voltar a um universo que não existe só na ficção, existe no quarto ao lado em frente a minha porta, que é a responsabilidade de se respeitar o lar. O pai e a mãe.

Assista "Minhas Roupas" de Nadya Milano.

Ainda no contexto familiar, por acaso antes do convite de Nadya, também escrevi a peça "Algo a Dizer", colocando em voga a presença de um pai ausente que ao perder a memória provoca uma reação inesperada na boca de seu primogênito. Confira "Algo a Dizer" visitando a Sala de E-Star da casa do TPA no site http://www.teatroparaalguem.com.br/

E assim encerro essa jornada de louvor a família e parto para uma próxima, sempre investigando o melhor da natureza em sua cor laranja... Laranja abóbora!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Do mundo para alguém

Dentre as muitas novidades do mundo digital, certamente a atriz, diretora, autora e produtora Renata Jesion e seu marido, o fotógrafo, diretor de arte e cenógrafo Nelson Kao residentes em São Paulo, foram os inovadores de uma proposta impactante, indecente, renovadora, polêmica e muito melhor que download da temporada de sua série norte americana preferida. Trata-se do Teatro Para Alguém, que é um site dedicado para a difusão de espetáculos para internet. Sim! Isso mesmo! Teatro na Internet! E ao vivo!
Quer conhecer os cômodos da casa?

Quando essa proposta chegou ao meu conhecimento, via eternaorientadoramestredramaturga Marici Salomão durante as aulas do Núcleo de Dramaturgia Sesi-British Council, do qual fui integrante na primeira turma, confesso que senti medo, afinal, se as peças de teatro já estão chegando na internet, o que seria de nós pobres produtores que acreditam na feitura ao vivo e neste contato do suor, da saliva e do perfume do intérprete com seu público? O que seria do teatro? Me recusei a ver o site! Onde já se viu uma coisa mais absurda e ultrajante dessas? Mas vi. E confesso... Gostei! Gozei! E assumi relutante, que a vida digital nos obriga a atualizar nosso tempo, ultrapassando fronteiras e descobrindo terrenos sólidos e ao mesmo tempo intangíveis.
O palco invadindo a internet, cria um novo espaço, que é a do espectador não presente, pois apesar de não podermos vê-lo em frente a câmera de gravação que transmite a cena ao vivo, podemos contar (em números) uma presença que se faz inesperada, pois a pessoa pode ter deixado o vídeo rolando e saído pra comer um hamburguer ou então está lá, fiel e inesperadamente presente. Para esse público, inesperadamente presente, que a internet avança em busca de um conceito que alie sua função prática de comunicação mundial com o que há de cada vez melhor e inovador para o internauta.

Inovador? Hum! Ah! Hum! Conheça a Grande Sala e confira a 1ª temporada da MiniemSérie incrível “Corpo Estranho” em http://www.teatroparaalguem.com.br/

Participar de um projeto como o TPA é uma experiência incrível, pois é questionadora de um tempo e parte em busca de uma linguagem a ser descoberta cada vez mais. O projeto intensifica ainda mais uma necessidade urgente de se pensar a nova produção teatral, que já transcendeu os palcos, a rua e chega à tela do computador com o intuito de divulgar e repensar como essa arte deve ser devolvida aos palcos.

Bom, o fato é que Renata Jesion convidou a 1ª turma do Núcleo de Dramaturgia para uma série de peças de Novos Autores e assim surgiram 12 peças curtas que entrarão em cartaz a partir desta sexta-feira, dia 24 de julho.

A primeiríssima será “ALGO A DIZER”, dramaturgia deste que vos fala. Realizando uma parceria incrível com o diretor, ator, arte-educador e consumidor Fernando Catelan; a excelente atriz e amiga inigualável Gisele Inácio; o ator de voz penetrante Marcos Medeiros e Iva Inez, mulher de presença forte e marcante na peça.

Sinopse: ALGO A DIZER apresenta um conflito enfrentado por dois irmãos que se vêem destinados a cuidar de um pai que perdeu a memória ao atravessar uma avenida. A peça ambienta um clima de (des)encontros familiares e a lembrança como conforto de um filho que não viveu ao lado de seu pai e de uma filha que guarda um segredo de infância à respeito deste mesmo homem. O caráter de um homem vazio, sem memória, é colocado em xeque pela fala de seus dois filhos e de uma mulher transeunte, testemunha de seu último olhar no atravessar da avenida.

Convido também para assistir em seguida, às 22h, “NECESSAIRE NA SÉ” de Marcello Jordan e nas próximas semanas as peças seguintes da série da 1ª turma do Núcleo de Dramaturgia Sesi – British Council.
Aliás, para conhecer mais deste projeto e os brilhantes autores envolvidos na 1ª turma acesse www.sesisp.org.br/dramaturgia

Ah e se não conseguir acompanhar no ao vivo da coisa, não tem problema, pois as peças continuam em cartaz no Porão da casa para quando você quiser acessar. Onde? Ah, não disse? É no http://www.teatroparaalguem.com.br/

domingo, 12 de julho de 2009

Sobre a necessidade de ser teimoso

Este não é um momento de escrita. Este é um momento de silêncio.
Como ficar tanto tempo sem escrever e precisar – mais do que nunca – voltar ao exercício da escrita como forma de expurgar todas aquelas idéias vencidas “mal” ditas e momentos bobos e insignificantes que vivemos e que acabamos nunca falando com ninguém e então percebemos que todos aqueles nós ficaram ali, grudados no corpo e na mente, tornando nosso cotidiano um misto de salada de abobrinhas com algum chiclete vencido de má qualidade.
Um amigo dias atrás me sugeriu, se você quer alguma coisa então seja teimoso com o que quer e assim, fatalmente conseguirá.
Se quiser engordar, então coma!
Se quiser ficar com pernas atléticas como a do Roberto Carlos – o jogador de futebol, não o Rei – então malhe!
Se quiser declarar para alguém o seu amor, então declare!
Concentrando na última frase, resolvi declarar meu amor.
Quem ler isso vai pensar, ele está apaixonado?
E o que respondo é não, pois eu sou um apaixonado por natureza, afinal como muitos que lêem esta postagem, sou humano, portanto sinto que é extremamente natural conduzir meu olhar para lugares em que sinto conforto e ao mesmo tempo ser surpreendido por meu inconsciente ao me fazer lembrar outros lugares apaixonantes que já vivi ou que estarão por vir.
Meus amigos mais íntimos me entendem quando digo que os amo, pois sabem que sair palavra como essa de minha boca é raro, porém preciosa.
Não podemos deixar essa palavra cair na banalidade, é preciso ser teimoso e não deixar ela lá, esquecida no pilar mais alto das trevas ou no limbo da banalidade. A palavra amor por si só já vem acompanhada de um tom que perpassa entre o vermelho, o azul, o verde, o amarelo e o laranja, pelo menos é assim que me sinto quando ouço a palavra em questão.
Ah, o amor! Outro dia disse para meu irmão o quanto o amava e que apesar de não dizer isso com freqüência, procurava transferir esse sentimento de alguma maneira.
Ah, o amor! É fácil amar. Difícil é não amar!
Que meus amores, nas pessoas de meus amigos, minha família e de meus amores saibam que este não era pra ser um momento de escrita, porém apenas e simplesmente É.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Ele está na moda!


Dias atrás perguntei aqui em casa: "Faz tempo que não comemos carne de porco né?" e lembro ter ouvido alguma resposta do tipo "É que o preço da carne de porco está uma loucura." Coisas da vida né? Podem esperar, pelo menos no Brasil das próximas semanas vai ser baratérrimo! Aproveitem! Afinal todo brasileiro que se preste adora cair na moda do mundo desenvolvido. "Não, porque não está podendo comer carne de porco não! Você não assiste jornal não minha filha?" Ouvi essa hoje no ônibus... Ah, por favor gente! Vamos ouvir direitinho o que estão dizendo sobre o mundo e antes disso façamos como o porco, que tem muito a nos ensinar. Antes de sair por aí cheirando o território do vizinho de cima, sinta o aroma do próprio terreno!
Aliás, por falar em terreiro (como meus amigos mineiros dizem), nossa possível futura presidenciável Dilma aposta que foi muito bom anunciar seu tratamento contra um linfoma, afinal é preciso que nós manifestemos aquele sentimento de "Coitada. Olha lá. Quem diria né? Ô gente, coitada" e todos aquelas gravatas em volta querendo descobrir o estilista dela para indicar para suas primeiras-damas... Coitada né gente? Coitada da D. Maria que fica lá na fila do hospital desde às 5h da matina pra fazer um exame no istômu (estômago). E o Andrésinho Jackson, que não recebeu vacina pq uma certa cidade não renovou o estoque. E a Joana? "A coitada da Joana. Essa, tá nas mãos de Deus! A família abandonou, deixou lá naquele abrigo de velhinhos, não recebe visita, fica sozinha, ninguém... nada e ponto."
Lembrando que temos uma função social a cumprir, com nossos pares e também com nossa egoística significância, comecemos apontando fatores importantes a se solucionar no bairro; a ler um jornal local; a deixar de querer reciclar antigos hábitos, é hora de renovar nossa perspectiva de vida, sentir o que vem a frente, com o coração aberto... E AS NARINAS BEM LIMPAS!!!


Ah... Ah! Sem deixar esquecer dessa, afinal pensando no porco e no NOSSO terreno, acho q a última postagem já está rendendo frutos! Como as coisas se espalham não é verdade? Alguns conversaram comigo à parte, outros torceram o nariz, outros não souberam ou não leram, mas sugeri que nós "grupos atuantes que queremos sobreTUDO SOBREviver de arte (teatro e afins)" que ocupássemos os espaços particulares e estimulássemos a criação de outros tantos... enfim... a Prefeitura acabou de lançar um edital para projetos de teatro e música na praça! Quer ver? Acesse http://www.atibaia.sp.gov.br/cultura/cultura_na_praca.htm e por favor, comentem, pois não tenho forças para isso!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Exercício em: produção

De volta à minha terra natal, este “filho da terra” vem observando um pouco do movimento teatral que se aplaina sobre a cidade, no caso, Atibaia - SP.
Pessoas: alguns pequenos núcleos de ensaios, de idéias para novos espetáculos, aulas de teatro espalhados entre espaços particulares e escolas particulares ou públicas.
Espaços “à céu aberto” não ocupados: uma arena com capacidade para receber aproximadamente 5000 espectadores e outras espalhadas em praças públicas da cidade que acreditem, existem e muitas. Dia desses estava eu a pedalar pelas ruas do Jardim Alvinópolis e me deparo com uma pracinha com uma arena gracinha de aproximadamente 3m ou 4m de diâmetro. Pensei, puxa que bacana! Mas e daí? Como andamos ocupando esses espaços? Será que precisamos nos adaptar ao formato “rua” enquanto não temos espaços dedicados ao teatro? Ou será que devemos tomar iniciativas próprias e encabeçar projetos de espaços particulares? Afinal, esperar que o poder público ofereça um espaço amplo, com piso de madeira, encerado, com tudo à disposição, água, bolachinhas, maçã, um sistema jamais visto em todo o Brasil e por aí vai... Ah, isso não vai acontecer não. Acho que existem meios e alguns começam a perceber isso, espaços como o da Cia de Teatro Hojerizah e o Garatuja, que agora também é Ponto de Cultura, são iniciativas importantes para nossa cidade, assim como para difundirmos mais de nosso material de criação em espaços fechados também. Agora sobre a qualidade do material... Hummmm isso é outra história. Acredito que ainda temos muito que aprender e por isso não podemos deixar de buscar livros, livros e livros e em seguida assistir filmes de qualidade, promover debates, oficinas sobre um tema importante à ser abordado, discutir o que precisa ser feito para que o movimento teatral da cidade cresça! E, além disso, mostrar bom trabalho! Não só para os amigos e parentes, mas para todas as pessoas possíveis!
O exercício de realizar a produção do 1º Festival de Teatro Amador de Atibaia durante os meses de janeiro à março, foi fundamental para aprender que nem tudo podemos fazer e que nem tudo temos acesso, não entrarei em detalhes técnicos, mas o que ficou mais forte de todos os dias de trabalho foi a formação de um público, que não vou mentir, em torno de 30 a 50 pessoas que estavam ali diariamente, digo 30 ou 50 mesmas pessoas que estavam ali todos os dias, além é claro, das outras caras que completavam uma média de 150 a 200 pessoas por sessão. Enfim, o que quero dizer é que essa média de 50 pessoas fez o Festival ganhar prestígio, mais do que jurados ou grupos marcantes, fez público. E formou público sim! Não digo isso como produtor do evento, mas como observador do evento, coisa que qualquer um pode fazer. Nesse sentido, pra concluir, porque sou redundante demais, quero dizer que temos um público de 50 pessoas e que podemos transformar em 5000 se quisermos.
Comecemos pelas pracinhas, depois vamos atingir os espaços particulares e assim por diante.

Desejo a todos uma bela MERDA nessa jornada!

Rafael Carvalho
Ps. Ainda não sou uma pessoa atualizada com a nova correção ortográfica, portanto me corrijam no que for preciso!

Sede bem vindos!

Para não dizer abobrinhas, porque senão as pessoas diriam que este seria um espaço de falar bobagens e afins, prefiro adotar as abóboras que além de serem suculentas, tem uma cor maravilhosa!
Enfim, este espaço é dedicado para discussões de arte e cultura e também de receitas e afins, afinal doce de abóbora com coco é um arraso, assim como caldos e outros... Passo as receitas aos poucos!

Oração para São Natalício – Edição nº 11 (Para ler consigo e ecoar)

Vista aérea do Museu Nacional após o incêndio, em setembro/2018.  Crédito Buda Mendes (Getty Images) Que sem palavras possamos reconhe...