quinta-feira, 15 de abril de 2010

PRAZO DE VALIDADE NA JUSTIÇA BRASILEIRA

Nos tempos atuais, fica impossível sair de casa sem um raminho de ARRUDA dependurado por detrás de uma das orelhas. É, porque hoje em dia está uma loucura! Não se sabe mais quanto pagaremos no preço do feijão! Na compra do mês passado era Dois e cinquenta e trêssss hoje já estamos nos duros Quatro e trinta e trêssss! Isso não é bacana!

Como continuar convivendo com essa orgia pública da justiça brasileira, onde o ladrão que rouba ladrão vai dali, da prisão, direto para a mansão? Ah gente! Poxa!

Neguinho escorregando de TOBOGÃ no Rio de Janeiro e em Niterói pode né? E o prazo de validade da justiça que vai investigar as irregularidades do poder público na inspeção das áreas de risco? Ah, isso não tem prazo de validade!

Porque no país do Tudo Pode! a gente sai como bons irmãos que somos de mãos dadas com o alemão, com o chinês, com o português, o inglês, o francês e outros ês e cantamos: “Caminhando e cantando e seguindo a canção, somos todos iguais braços dados ou não.

Gente! Fica ligado gente! Poxa! Isso não é bacana! ARRUDA na mansão? Nãããããoooo, ARRUDA é no pé do ouvido, porque assim sempre tem alguém de olho na verdinha!

Agora o TOBOGÃ... esse não me entra na cabeça. Se bem que isso já faz parte de uma das obras das Olimpíadas de 2016 né? Vocês não viram os Jogos de Inverno de Vancouver, aquelas pistas geladas maravilhosas? Aquela brancura bonita de gelo, vocês acham que eram o que antes? Morro! Morro! Assim eu morro! Ah, isso não é bacana!

Como cronômetros que somos, ou deveríamos ser, vamos medir o tempo da justiça para ARRUDA e para os desalojados pela onda de enchentes e desabamentos... aliás, antes de verificar o terreno do vizinho, por que não olhar para os bairros ou cidades próximas de onde você mora e procurar saber um pouco sobre a vida política de seus governantes? E também, como anda o atendimento aos atingidos pelas catástrofes naturais nos últimos meses? Precisamos refrescar a memória sempre, lembrar que somos BRASIL a todo tempo e em todos os lugares do país.

Ps. Brasil e país ficou um pouco redundante, mas era essa mesma a ideia.

Foto da enchente no município de Atibaia-SP, em janeiro de 2010.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

UM CREPÚSCULO DOS DEUSES

E é assim, fazendo referência ao belíssimo filme de Billy Wilder, que retomo essas abóboras no intuito de trocar, com maior freqüência, receitas de padrão artístico cultural.

Para (re)tomar, trago o melhor dos prazeres em imagem e som, Chet Baker e o crepúsculo, a melhor das combinações. Descrevendo com palavras mais viventes deste novo homem sóbrio da sociedade, crepúsculo não é apenas o filme baseado naquela série da Stephenie Meyer, mas o nome mais requintado para pôr-do-sol, anoitecer ou fim de tarde, também pode ser aplicado para o nascer do sol, ou seja, faz parte daquela coloração que vemos quando o sol ainda não sumiu ou apareceu por completo, no caso, uso crepúsculo por combinar com uma sonoridade ainda mais envolvente, a de Chet Baker.

Baker foi um grande trompetista do jazz norte-americano que trouxe um romantismo afogado pela acidez embriagante de sua destreza no trompete e acima de tudo com sua aveludada voz, que me desculpem os desgostosos pelo estilo, mas extremamente eficaz quando se quer falar para o coração. Songs de sucesso como “My funny valentine” apresentam uma beleza ímpar da criação melódica e envolvente com a voz sedutora de Chet Baker. Vale a pena conferir também “Like someone in love”, mas hoje presenteio com “The thrill is gone”:

Como todo “bom” representante da música do século XX, Baker teve um histórico como a de um bêbado banhado num mar de seringas mal afiadas. Teve uma vida longa até... 59 anos! Que lhe renderam uns dentes perdidos e é claro, as melhores canções para toda a eternidade.

Confiram comigo uma excelente combinação para este outono/inverno de crepúsculos avermelhados e arroxeados com Chet Baker... se bem que um vinhozinho também pegaria super bem! Evoé!

Oração para São Natalício – Edição nº 11 (Para ler consigo e ecoar)

Vista aérea do Museu Nacional após o incêndio, em setembro/2018.  Crédito Buda Mendes (Getty Images) Que sem palavras possamos reconhe...